
Por: Débora Carvalho Tavares, Turma VII
Ao entrar na universidade, queremos sim receber a melhor formação. Estamos dispostos a nos esforçar muito e ter que arcar com diversas exigências, porque sabemos que em algum momento o esforço vai valer a pena. Mas acontece que algumas coisas às vezes passam dos limites e precisamos falar sobre elas.
Somos uma geração sobrecarregada, desde muito jovem, por inúmeras tarefas, prazos curtos e uma cobrança incessante para produzir sempre mais.
Temos que ser os melhores alunos, os mais bens sucedidos e os mais jovens a fazer isso ou aquilo. Mas, às vezes, esquecem de avisar que nossa saúde, sanidade e felicidade valem muito mais do que isso.
Não é normal sentir culpa por dormir de madrugada ao invés de estudar. Não é normal abrir mão de todo o tempo que se teria com família, amigos, namorados(as) etc para estudar mais. E, principalmente, não é normal ter gastrite, insônia, crises de ansiedade e até depressão por causa do excesso de cobrança da universidade.
A atual situação mostra que precisamos valorizar mais o que fazemos e nos apoiar mais, ao invés de competir, comparar e cobrar. Mas mostra também que muitos aspectos do nosso modelo de educação precisam ser revistos.
Não deveríamos, mas precisamos falar sobre saúde mental na universidade. Ser um bom aluno e um bom profissional não deveriam ser incompatíveis com ter sanidade, equilíbrio e felicidade.
Cada um sabe o que já enfrentou até aqui, mas provavelmente todos concordam que tratar humanos como humanos nos permitiria fazer tudo muito melhor.